PRINCE2

O que é o Prince2?

PRINCE2® é abreviação de Projects In Controlled Enviroments (Projetos em ambientes controlados), é um método de gerenciamento de projetos criado em 1989 pela CCTA (Agência Central de Computação e Telecomunicações), renomeada posteriormente como OGC (Office of Government Commerce). Em junho de 2010, as funções de Gestão de Melhores Práticas do Departamento de Comércio do Governo foram transferidas para o Gabinete do Governo. A partir de Agosto/2013, o PRINCE2® passou a ser de propriedade da AXELOS Limited, porém, a utilização do PRINCE2® nas organizações é livre (sem ter a necessidade de pagar). A última revisão foi publicada em maio de 2017 pela AXELOS e nomeada como PRINCE2® 2017 Update.

Modelo de Processo PRINCE2®

Papéis do PRINCE2®

O PRINCE2® tem 4 camadas e 3 interesses, sendo: Interesses (Negócio, Usuário e Fornecedor) e as Camadas (Gerência corporativa ou do Programa, Comitê Diretor do Projeto, Gerente de Projeto e Gerente de Equipe Especialista).

Cada Papel tem suma importância na gestão do projeto, por exemplo, o Gerente de Projetos é o responsável pelo planejamento, delegação de responsabilidades, monitoramento e controle de todos os aspectos do projeto, além da motivação de todos nele envolvidos, para atingir os objetivos do projeto respeitando as metas esperadas de desempenho de tempo, custos, qualidade, escopo, benefícios e riscos.

A Estrutura PRINCE2®

O PRINCE2® possui uma estrutura baseada em 7 princípios, 7 Temas e 7 Processos, estes são os requisitos de boas práticas e que vão orientar a correta gestão do projeto, se todos estes requisitos não forem aplicados não será uma gestão através do PRINCE2®.

• PRINCÍPIOS: são os princípios que ditam o que deve ser acordado e verificado no projeto:
  1. Justificativa contínua do negócio: se não houver um motivo justificável para executar e gerenciar o projeto ele deverá ser fechado.
  2. Aprender com a experiência: as equipes do projeto devem aprender de forma contínua com as lições aprendidas de projetos anteriores.
  3. Papéis e responsabilidades bem definidos: a estrutura organizacional deve ser clara, dessa forma, as pessoas certas serão envolvidas nas tarefas certas para entrega do projeto.
  4. Gerenciar por estágios: os projetos devem ser planejados, monitorados e controlados passo-a-passo.
  5. Gerenciar por exceção: as pessoas que trabalham no projeto devem receber autoridade necessária para trabalhar efetivamente no ambiente.
  6. Foco em produtos: realizar entregas com foco na qualidade do produto, com máxima atenção nos requisitos de definição.
  7. Adequar ao ambiente do projeto: a metodologia deve adaptada para se adequar ao ambiente, tamanho, complexidade, importância, capacidade e risco do projeto.

• TEMAS: podemos comparar os temas do PRINCE2® com as áreas de conhecimentos definidas no PMBOK®:
  1. Business case: crie e mantenha um registro da justificativa comercial do projeto.
  2. Organização: defina os papéis e responsabilidades individuais de toda a equipe do projeto.
  3. Qualidade: quais são os requisitos e medidas de qualidade e como o projeto fará a entrega.
  4. Planos: as etapas necessárias para desenvolver os planos e as técnicas do PRINCE2® que devem ser usadas.
  5. Risco: identificar efetivamente riscos e oportunidades que possam impactar o projeto.
  6. Mudança: como o gerente de projeto irá avaliar e agir em mudanças no projeto.
  7. Progresso: a viabilidade e desempenho contínuos dos planos e como o projeto deve prosseguir.

• PROCESSOS: Os Processos constituem no ciclo de vida do projeto – os nomes dos processos não foram traduzidos para o Português e são os seguintes:
  1. Começando um projeto: este processo deve responder à pergunta: Nos temos um projeto viável que vale a pena? Para isso deve-se fornecer ao Comitê Diretor do Projeto as informações necessárias para poder avaliar se o projeto vale a pena ser iniciado ou impedir que projetos que não valem a pena sejam iniciados.
  2. Direcionando um projeto: este processo deve capacitar e habilitar o Comitê Diretor do Projeto a se responsabilizar pelo projeto por meio de decisões chaves e ter controle em âmbito geral.
  3. Iniciando um projeto: este processo tem o objetivo de que todos do time entendam o trabalho que precisa ser feito para entregar os produtos requeridos. Esse entendimento é necessário antes de decidir em prosseguir com o projeto.
  4. Controlando um estágio: este é um Processo do Gestor de Projeto para que ele atribua o trabalho a ser feito, monitore este trabalho, lide com issues, reposte o progresso ao Comitê Diretor do Projeto e tome ação corretiva para garantir que o estágio se mantenha dentro da tolerância acordada com o Comitê Diretor.
  5. Gerenciando a entrega de produtos: este processo permite o gerenciamento e controle do trabalho entre o Gerente do Projeto e o Gerente da Equipe Especialista através da definição de certos requisitos formais sobre aceitação, execução e entrega de produtos.
  6. Gerenciando os limites do estágio: neste processo o Gerente de Projeto deve fornecer ao Comitê Diretor do Projeto uma visão geral do desempenho do estágio atual, atualizar o Plano do Projeto, atualizar o Business Case e criar um Plano de Estágio para o próximo Estágio. Estas informações permitirão que o Comitê Diretor do Projeto revise o estágio atual, aprove o próximo estágio, revise e atualize o Plano do Projeto e confirme a justificativa de negócio contínua.
  7. Fechando um projeto: este processo tem o objetivo de fornecer um ponto fixo para verificar se o projeto atingiu seus objetivos e que os produtos tenham sido aceitos.

Benefícios do Prince2®

O Prince2® ao ser implementado traz diversas melhorias e ganhos expressivos para as organizações, algum dos seus benefícios são:

• Mantém o foco no produto e suas entregas;
• Controle e organização;
• Pode ser aplicado a qualquer projeto, combinando modelos especializados e setoriais;
• Tomadas de decisões efetivas;
• Revisões regulares do progresso em relação ao plano;
• Fornece uma linguagem comum para quem o utiliza, promovendo uma comunicação eficaz;
• Gerenciamento efetivo;
• Possui planos preparados para melhorar a comunicação e o controle;
• Fornece declarações de papéis e responsabilidades bem definidos, contendo inclusive estrutura definida para prestação de contas, delegação, autoridade e comunicação.;
• Interação da gerência com os stakeholders durante todo o projeto;
• Canal de comunicação com toda a organização;
• Oferece melhores práticas e governança estabelecida e comprovada.

Os 3 níveis da certificação

1. PRINCE2®Foundation: esta certificação confirma que o profissional tem conhecimento da metodologia e está apto a utilizá-la adequadamente.
2. PRINCE2®Practitioner: esta certificação confirma que o profissional tem conhecimento suficiente para utilizar e adaptar o PRINCE2®a qualquer tipo e complexidade de projeto. Esta certificação possui um pré-requisito que é ter a certificação PRINCE2®Foundation, CAPM, PMP do PMI (Project Management Institute) ou IPMA (International Project Management Association), dessa forma, o candidato ao nível Practitioner não precisa ter o nível Foundation.
3. PRINCE2®Professional: esta certificação comprova a habilidade que o profissional possui em gerenciar projetos na metodologia PRINCE2® em todos os aspectos presentes em um ciclo de vida de um projeto. Esta certificação possui um pré-requisito que é ter a certificação PRINCE2®Practitioner.

Conclusão

O PRINCE2® possui em sua composição as melhores práticas utilizadas no Guia PMBOK, sendo citado como referência no manual do PRINCE2®. O Guia PMBOK tem o contexto do que fazer e a metodologia do PRINCE2® dita como fazer, dessa forma, o PMBOK é um poderoso complemento a metodologia O PRINCE2® também pode ser aliado ao ágil trazendo maior ganho e agregando mais valor as entregas. Aqui no Analista Expert você terá rico conteúdo para fortalecer seu CHA (Conhecimento, Habilidades e Atitudes).